Nespresso...What else?!

Epá sou só eu a achar, ou vocês partilham da mesma opinião que eu, de que a Popota anda a dar nas pastilhas?! É que só pode! Aquela gorda dança e mexe-se como nunca se viu nenhuma outra gorda fazer. Eu cá para mim a Popota é forte candidata aos reality shows das nossas televisões nacionais. Para o 'Toca a mexer' da SIC, era perfeita, é gorda e mexe-se como tudo. E para o da TVI, a 'Casa dos Segredos', era uma possível  vencedora. Tem ar de badalhoca que dói, e tem um óptimo segredo: 'Arruinei a carreira a uma avestruz, com mais de 20 anos de ofício!' (para quem só agora está a apanhar, estou a falar da desgraçada da Leopoldina, que agora faz animações nos centros de dia da terceira idade).

Bem, mas não foi isto que me trouxe cá hoje. Hoje venho falar de café. Exactamente, de café, aquela coisa que existe já há uma porrada de anos, e que toda a gente tem o hábito de beber. Mas o que estão a tentar fazer, é tornar o café uma coisa para as pessoas mais abastadas e mais chiques. Isto, porque agora, existem uma data de marcas, que comercializam o café, sobretudo para casa, com uma elegância que nunca antes o café teve acesso. Falo, aqui e hoje, da marca de cafés 'Nespresso'. Estes senhores, resolveram dar outro toque ao tradicional café que as pessoas tinham em casa, e aliciar-nos com máquinas todas ergonomicamente perfeitas, mínimas, e, com umas cápsulas, ainda mais aerodinâmicas e sofisticadas. Até aqui era a delícia de qualquer consumidor, mas estes senhores acham-se demasiado importantes para comercializarem o 'seu' café em supermercados. Estes senhores têm lojas próprias, e que senhoras lojas. Dispõem de lojas que fazem inveja, em tamanho, a muito Pingo Doce que por aí anda. Uma pessoa chega a uma loja deles e precisa de uma bússola para encontrar o caminho para a caixa, e, se por acaso, tem a triste ideia de se afastar da sua companhia, é uma tragédia. À entrada, têm sempre um simpático funcionário, que está lá só para dizer 'bom dia', 'boa tarde' ou 'boa noite' e 'obrigado, volte sempre', e para distribuir senhas. Aquela pessoa teve formação só para aquilo. Se lhe forem perguntar mais qualquer coisa vão ouvir algo do género: 'bom dia!'. Quando fazemos então aquela maratona toda até à caixa, e, finalmente, já passaram os 2342356 números que estavam à vossa frente, somos atendidos. E pronto aqui surge o maior problema de todos, que é quando nos perguntam: 'E então qual ou quais vão ser os cafés que pretende?'. Nisto olhamos para a montanha de caixas de café que estão atrás do funcionário que nos está a atender, muito geometricamente arrumados, por corzinhas, em quadradinhos muito bem distribuídos e que os senhores estão sempre a repor, e estamos mais 2 horas para escolher o que queremos levar. Ah e mais, estes senhores, para além de terem uns 20 sabores de café diferentes, cada um destes cafés ainda tem uma intensidade diferente. Portanto, pimba, mais 2 horas para decidir as intensidades! No final, o funcionário vem dar-nos o saquinho com os respectivos cafés e pergunta-nos se queremos tomar café. Se decidirem tomar, espera-vos então mais 2 horas para escolher qual vão tomar. Posto isto, continuo a pensar que chegar ao balcão de um café (agora como superfície comercial) e dizer: 'Era uma bica', é capaz de ser mais rápido. Ou então ir ao supermercado comprar um pacotinho, que é mais rápido e económico. (Aí que horror ir ao supermercado comprar café, que falta de chá. Que grande trocadilho!). No fim contratam o George Clooney, que deve ter trabalhado a vida toda nesta empresa, e deve ter sido uma dezena de vezes empregado do mês, que só sabe dizer: 'What else?'. Que é como quem diz: 'E que mais vai ser?'

Isto qualquer dia vão criar lojas destas, mas para bens essenciais, para lhes dar um toque de chiqueza! Já estou a imaginar, a 'NesPão', ou a 'NesÁgua'. E depois também vamos ter variadíssimas variedades para escolher, tanto de pão, como da água! 

Bem agora vou só ali beber um café, que está no meu número!